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LAVANDA

Lavandula latifolia L

Descrição

A alfazema pertence ao género Lavanda, que compreende numerosas espécies de plantas aromáticas , muito utilizadas na perfumaria (sabonetes, perfumes, sais de banho, etc.)

 

É um arbusto perene, com cerca de 80 cm de altura em forma de matagal, de crescimento globoso. Situa-se nas encostas e colinas pedregosas ou rochosas, entre 600-1700 m de altitude. As folhas são estreitas e compridas (cerca de 10 cm), verde-cinza; as flores, que saem no extremo do caule, são em forma de espigão e são azuis ou violeta. Toda a planta emite um cheiro a cânfora. A floração é em agosto.

 

Parte utilizada

Flor seca e o óleo essencial obtidos por destilação a vapor do sumidade florida..

 

Princípios ativos

L. latifolia produz um óleo essencial, especialmente rico em cineol (30-40%) e cânfora (15%), pelo que é considerado de menor qualidade e é menos apreciado do que o óleo essencial de L. angustifolia (rico em acetato de linalina e linalol)

 

Também estão presentes outros compostos como linalol (25-40%), borneol, limoneno, acetato de linalina e α-terpineol.

 

Ação farmacológica

A informação sobre a ação farmacológica da lavanda, para além de escassa, refere-se, por vezes, indistintamente à L.latifolia e L. angustifolia quando são realmente espécies diferentes, também em termos das suas propriedades medicinais.

 

No início do século X, os médicos tradicionais conheciam a sua ação diurética e contra a ciática. Antes de ser chamada lavandula latifolia, esta lavanda chamava-se Lavandula aspic (da palavra serpente), uma vez que os pastores utilizavam-na para curar mordidas de víboras, esfregando as feridas, diretamente, com a planta.

 

O óleo essencial de lavanda tem propriedades antissépticas, antibacterianas e cicatrizantes.

 

Indicações

Infeções  das vias respiratórias superiores: constipação, gripe, bronquite, otite, etc.

Topicamente para promover a cicatrização de feridas, cura de queimaduras menores, picadas e mordidas de insetos, etc.

Contraindicações

Gravidez e lactação.

Não utilizar em caso de feridas abertas, lesões extensas ou afeções agudas da pele.

Precauções

Antes de utilizar o óleo essencial pela primeira vez, recomenda-se aplicar algumas gotas na dobra do cotovelo para verificar a tolerância.

 

Interações com medicamentos

Nas doses recomendadas não foram descritas.

 

Efeitos secundários

Nas doses recomendadas não é esperada a ocorrência de efeitos secundários.

Bibliografia

-.J. Bruneton. Farmacognosia. Fitoquímica. Plantas Medicinales. Editorial Acribia, 2ª edición.

-.Monografía de la SEFIT (Sociedad Española de Fitoterapia).

-.A. Carrasco, R. Martínez Gutiérrez, Virginia Tomas, José Tudela. L. angustifolia and L. latifolia essential oils from Spain: aromatic profile and bioactivities. Planta Med 2016; 82(01/02): 163-170.

-.Nursenem Karaca, Görkem Sener, Betül Demirci and Fatih Demirci. Synergistic antibacterial action of L. latifolia Medik essential oil with camphor. Zeitschrift für Naturforschung C, vol. 76, no. 3-4, 2021, pp. 169-173.

-.H. M. A. Cavanagh,J. M. Wilkinson. Biological activities of Lavender essential oil. Phytotherapy Research Volume 16, Issue 4, p. 301-308.

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