Descrição
São arbustos ou rebentos
de 1,5 a 4 m, de madeira dura, muito ramificada e com ramos espinhosos. As
folhas são tri ou pentalobuladas, ovais, serrilhadas na margem e verde
amarelado. As flores situam-se em cima.
São de cor esbranquiçada
com sépalas curtas e triangulares, pétalas orbiculares e crenadas e de 10 a 20
estames e de 1 a 5 carpelos.
Parte utilizada
Sumidades floridas,
folhas, frutas e, ocasionalmente, a casca.
Princípios ativos
Proantocianidinas
oligoméricas (1-3%), também chamadas de
pucnogenois, tais como leuoantocianosídeos, picnogenois.
Flavonoides (1-2%):
diferentes para cada espécie de Crataegus e também, dentro da mesma espécie, dependendo
se são folhas ou flores; além do hiperosídeo e do 2"-ramnosil-vitexina,
que são os componentes maioritários, aparecem muitos outros heterosídeos flavónicos,
principalmente:
O-heterosídeos do
quercetol: Hiperosídeo (dominante nas flores), juntamente com outros minoritários
como rutosídeo, esculósido, espiresídeo.
C-heterosídeos flavónicos
derivados do apigenol: cinceninas, saftosídos, neosaftósidos.
Di-C-heterosídeos do
apigenol: viceninas, saftósidos, neosaftósidos.
Aminas feniletilaminas,
em parte com ação cardiotónica, metoxifenetilamina, tiramina), especialmente nas
flores frescas.
Ácidos
fenil-carboxílicos: cafeico e clorogénico.
Ácidos triterpénicos:
ácidos cratególico, oleanólico e ursólico.
Óleo essencial: com
aldeído de anis, o que lhe dá o seu agradável cheiro.
Esteróis, sesquiterpenos
e aminopurinas.
Ação farmacológica
Nas diferentes ações, os
flavonoides, os procianidois e as aminas são, sinergicamente, envolvidos,
embora na sua ação cardíaca, os procanidois, desempenhem um papel predominante.
Destacam-se as seguintes
ações:
Cardiotónico, regulador
do ritmo cardíaco (flavonoides), que é exercido mediante uma ação complexa que
envolve:
Inotropismo positivo.
Cronotropismo negativo (positivo
de acordo com S. Cañigueral, R. Vila e
M.Wichtl em "Plantas medicinais e medicamentos para infusão e tisana").
Dromotropismo positivo.
Batmotropismo negativo .
Parece que o mecanismo de
ação se deve a um bloqueio da ATPasa Na+/K+ dependente. Este efeito aumenta a
concentração intracelular de sódio, que ativa um permutador Na+/Ca+2,
aumentando a permeabilidade da membrana do musculo cardíaco à Ca+2. Também
parece ter um efeito inibitório da fosfodiesterasa do AMPc.
Um ensaio clínico
aleatório, duplo-cego, multicêntrico e controlado por placebo, sobre 136
doentes com insuficiência cardíaca tipo II da NYHA, demonstrou o efeito do
espinheiro-alvar como cardiotónico e protetor cardíaco. O grupo que recebeu
tratamento com espinheiro-alvar melhorou, o que não aconteceu com aqueles que
receberam placebo. Da mesma forma, os pacientes que receberam espinheiro-alvar relataram melhoria nos seus sintomas (edema do tornozelo, dispneia,
intolerância ao exercício, etc.).
Também tem uma ação
antiarrítmica face à nicotina. Na experimentação in vitro descobriu-se que o
extrato alcoólico de espinheiro-alvar tem um efeito cardioprotetor sobre o
coração, refundido após um período de isquemia.
Vasodilatador coronário:
com aumento do fluxo sanguíneo (flavonoides, procianidois). Isto dá-lhe uma atividade
antianginal.
Antiarritmia: Foi provado
que o extrato de espinheiro-alvar bloqueia os canais de potássio, prolongando a
duração do potencial de ação cardíaca e o período refratário eficaz, exercendo
assim um efeito antiarrítmico.
Hipotensivo leve
(aminas); sendo muito interessante a sua associação ou alternância com o alho e
a azeitona. Este efeito hipotensivo está ligado a uma ligeira bradicardia e a
um aumento do fluxo sanguíneo da musculatura esquelética, ao mesmo tempo que
reduz a tensão sistólica e diastólica.
Antiagregante das
plaquetas (procianidois). O extrato hidroalcoólico das flores de espinheiro-alvar
inibe, in vitro, a síntese de tromboxano.
Sedativo do SNC
(flavonoides, procianidois). Costuma associar-se à valeriana, passiflora e
outros sedativos para potenciar a sua ação. O seu efeito sedativo é superior ao
da valeriana e é comparável, segundo alguns autores, ao exercido pelas
benzodiazepinas.
Relaxante muscular (procianidois,
flavonoides).
Antiespasmódico leve
(flavonoides).
Antirradicalar
(flavonoides, proantocianidois) e antioxidante, cuja ação é evidenciada por um
efeito protetor sobre o coração, cérebro, pâncreas e fígado face à hipoxia
induzida experimentalmente.
Diurético.
Hipolipemiante: a tintura
do espinheiro-alvar, administrada a animais com uma dieta hiperlipídica,
produziu uma diminuição dos níveis séricos de colesterol, triglicéridos e
fosfolípidos nas frações LDL e VLDL. Da mesma forma, observou-se uma melhoria
na degeneração e vacuolização da gordura
hepática.
Indicações
Insuficiência cardíaca.
Insuficiência coronária:
prevenção e recuperação do enfarte do miocárdio, angina de peito.
Distúrbios do ritmo
cardíaco: taquicardia paroxistica, arritmias, palpitações.
Hipertensão arterial.
Arteriosclerose
Distónias
neurovegetativas, excitação nervosa, insónia, angústia, stress.
Não é útil em processos
agudos, uma vez que o seu efeito se desenvolve lentamente.
Contraindicações
Crianças. O espinheiro-alvar
não deve ser utilizado em crianças menores de 12 anos devido à sua toxicidade.
Não prescreva formas de dosagem com teor alcoólico para administrar por via
oral a crianças com menos de dois anos nem a pacientes em processo de
desabituação etílica.
Gravidez. Não deve ser
utilizado, devido ao seu potencial efeito teratogénico. Existem algumas
evidências positivas de risco para o feto humano, embora não sistematizadas,
pelo que o uso de espinheiro-alvar só é aceite se não houver outra alternativa
terapêutica mais segura. O seu consumo tem sido associado à síndrome de Pierre
Robin, caracterizada por angústia respiratória, hipotonia, displasia dos dedos,
unhas e anca e alterações do ruído cardíaco.
Lactação. Desconhece-se
se os componentes do espinheiro-alvar são excretados em quantidades
significativas com o leite materno e se isso pode afetar a criança, pelo que a
sua utilização durante a lactação não é recomendada.
Interações
Digitálicos. O espinheiro-alvar
pode potenciar os efeitos dos digitalicos como a digoxina, digitoxina e estrofantina.
Perante o uso conjunto de espinheiro-alvar com estes medicamentos, as doses dos
digitalicos devem ser reajustadas.
Antagonistas
beta-adrenergicos. O espinheiro pode causar hipertensão quando combinado com
estas princípios ativos. Esta associação deve ser evitada.
Antiarritmicos do tipo
quinidina. Os antiarritmicos tipo quinidina bloqueiam os canais de sódio, pelo
que podem diminuir os efeitos do espinheiro-alvar. A associação deve ser
evitada.
Antagonistas do canal de
potássio. Podem aumentar os efeitos do espinheiro-alvar, por isso a sua
associação deve ser evitada.
Cisaprida. A cisaprida
antagoniza os canais de potássio, aumentando os efeitos do espinheiro-alvar. A
associação deve ser evitada.
Diuréticos tiazidicos.
Podem potenciar a toxicidade do espinheiro-alvar devido à perda de potássio. A
associação deve ser evitada.
Laxantes estimulantes.
Podem potenciar a toxicidade do espinheiro-alvar devido à perda de potássio. A
associação deve ser evitada.
Barbitúricos e benzodiacepinas.
O espinheiro-alvar pode aumentar o efeito sedativo provocado por ambos.
Anti-histamínicos H1. O
espinheiro-alvar pode aumentar o efeito sedativo provocado por este tipo de
anti-histamínicos.
Precauções
Insuficiência cardíaca. O
espinheiro-alvar deve ser utilizado com precaução no tratamento da
insuficiência cardíaca, controlando-se a função cardíaca e a tensão arterial
durante o mesmo.
Hipertensão arterial. O
uso de espinheiro-alvar, para o tratamento da hipertensão, pode provocar uma descompensação
da tensão, pelo que é necessário controlo médico.
Efeitos sobre a
capacidade de conduzir e usar máquinas. O Espinheiro-alvar pode afetar a
capacidade de conduzir e/ou operar máquinas. Os pacientes devem evitar operar
máquinas perigosas, incluindo carros, até que tenham razoavelmente a certeza de
que o tratamento farmacológico não os
afeta de forma adversa.
Reações adversas
Não foram reportadas
reações adversas nas doses terapêuticas recomendadas. Em doses elevadas, em
tratamentos crónicos ou em indivíduos particularmente sensíveis, podem ocorrer
reações adversas:
Digestivas: muito
raramente surgem anorexia, náuseas, vómitos, diarreia ou gastralgias.
Cardiovasculares:
raramente pode provocar hipotensão, arritmias cardíacas, bloqueio cardíaco.
Neurológicas-psicológicas:
é comum o aparecimento de sedação. Muito mais rara é a presença de tremor ou
vertigem.
Para além destas reações
adversas, foram recolhidos dados, sobre possíveis reações adversas na base de
dados FEDRA (Farmacovigilância Espanhola, Dados de Reações Adversas) do Sistema
De Farmacovigilância Espanhol:
Alérgicas-dermatológicas:
prurido, eritema.
Sobredosagem
A possibilidade de intoxicação
pelo consumo de infusões é muito baixa. Em caso de excesso de dosagem existe um
quadro caracterizado por sedação, dispneia, tremor e piloerecção; podendo
ocorrer depressão cardiorespiratória.
Recomenda-se não exceder
as doses indicadas e prescrever sob a forma de tratamentos descontínuos.
Estudos
Os extratos de espinheiro-alvar
são amplamente utilizados pelos médicos na Europa, pelo seu efeito no sistema
cardiovascular.
Estudos demonstraram que
os extratos de espinheiro-alvar são eficazes na redução dos ataques de angina, diminuindo
também a pressão arterial e os níveis séricos de colesterol.
Os efeitos benéficos dos
extratos de espinheiro-alvar, no tratamento da angina, são o resultado da
melhoria do fornecimento de sangue e oxigénio ao coração, através da dilatação
dos vasos coronários, além da melhoria dos processos metabólicos no coração.
Vários componentes
flavonoides, no espinheiro-alvar, têm demonstrado inibir a constrição dos vasos
de uma forma semelhante aos bloqueadores dos canais de cálcio. No entanto, isto
é apenas uma parte de um quadro geral. Os extratos de espinheiro-alvar também
aumentam a produção de energia desde o coração, devido à capacidade dos
flavonoides para melhorar a utilização do oxigénio pelo coração. O resultado
final é a melhoria da função cardíaca e o aumento da força de contração. Esta
ação é completamente contrária aos bloqueadores beta e aos bloqueadores do canal
de cálcio, os quais, atualmente, reduzem a função do coração. Os efeitos do
espinheiro-alvar também são benéficos em casos de insuficiência cardíaca
congestiva e alterações do ritmo. Além disso, as procianidinas do espinheiro-alvar
têm demonstrado diminuir os níveis de colesterol e o tamanho das placas que contêm
colesterol, nas artérias.
Os efeitos dos extratos
de espinheiro-alvar, da redução leve da pressão sanguínea, têm sido
demonstrados em muitos estudos experimentais e clínicos. A sua ação na diminuição
da pressão sanguínea é bastante peculiar, pois fá-lo através de uma combinação
de muitas ações diversas. Especificamente, dilata os vasos sanguíneos grandes,
inibe a enzima de conversão angiotensina (ACE), semelhante ao fármaco captopril,
aumenta a capacidade funcional do coração e possui uma ação diurética suave. Os
efeitos da diminuição da pressão sanguínea dos extratos de espinheiro-alvar,
geralmente, requerem mais de duas semanas para aparecer. Este é o tempo
necessário para alcançar as concentrações adequadas de tecido, dos flavonoides.
As doses de espinheiro-alvar
dependem do tipo de preparação e do material de origem. Os extratos
padronizados são as formas preferidas para fins médicos. A dose de extratos de
espinheiro-alvar normalizada para conter 1,8% de vitexin-4-rhamnosídeo ou 10%
de procianidinas é de 120-240 mg três vezes por dia; para os extratos padronizados
que contenham 18% de oligomeros procianidólicos, a dose é de 240 a 480 mg por
dia.
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