Descrição
Planta robusta de 50 cm
ou mais, com raiz fusiforme e folhas inteiras, lanceoladas e peludas. Capítulos
terminais com flores tubulosas, amarelo-pálido, sendo as periféricas liguladas
e rosa.
Distribuição e ecologia: Originária
das pradarias calcárias, da América do Norte.
Parte utilizada
A raiz. Mais raramente usa-se
a planta inteira.
É mais ativa se toda a
planta for utilizada.
Princípios ativos
Óleo essencial
(1,3-1,5%), rico em borneol, acetato de borníleo, pentadeca-8-(z)-em-2-ona,
germacraneno D, cariofileno e epóxido de cariofileno.
Resina (2%).
Fitosterois.
Inulina.
Polissacarídeos
inmunoestimulantes: PS I(4-O-metil-glucurono-arabino-xilano, M, 35KD) PS II (com
ramno-arabino-galactano, M, 450KD).
Cetonas insaturadas, amidas
de isobutilamina e ácidos gordos polinsaturados.
Ácidos fenólicos livres e
esterificados: cafeico, chicórico, cafetarico, dicafeilquinico (cinarina), ésteres
do ácido tartárico e ésteres ossídicos do ácido cafeico: destacando o equinacosídeo
(0,3-1,3%) e o verbascosídeo.
Alquilamidas, dos quais cerca
de 14 são atualmente conhecidos na raiz de E. Angustifolia. Tratam-se
principalmente de isobutílomidas, a maioria das quais têm uma única ligação
dupla conjugada com o carbonilo, ao contrário do que acontece na raiz de E.
Purpúrea (L.) MOENCH, na qual geralmente têm uma estrutura de 2,4-dienica. A
maioria são isobutilomidas isómeras do ácido dodeca2E,4E,8Z, 10E/Z-tetraeónico.
Em estudos recentes, no entanto, a equinácea não foi detetada a partir da raiz
de E.angustifolia, e mesmo alguns autores duvidam que tal estrutura possa ser
encontrada na Equinácea.
Compostos alifáticos de
cadeia longa.
Outros componentes:
Equinolona ou (E)-10-hidroxi-4, 10-dimetil-4,11 dodecadien-2 ona; poliacetilenos; vestígios de alcaloides pirolizidinicos
(tusilaguina e isotusilaguina) e fllavonoides.
Ação farmacológica
Ação imunoestimulante.
Tanto em experiências realizadas com animais como em humanos, os preparados de
equinácea administrados por via oral ou parenteral, atuam no sistema imunitário,
produzindo uma estimulação não específica do mesmo, resultado da combinação da
atividade de vários constituintes, em particular, de polissacarídeos,
glicoproteínas, alquillamidas e ácido achicórico.
Ensaios in vitro sobre
granulocitos humanos, comprovaram um aumento da fagocitose em 23%, aumento da
produção de interleucinas 1, 6 e 10 (IL-1, IL-6 e IL-10), um aumento na
produção do fator de necrose tumoral alfa (TNF ) e da beta interferon (IF ),
um aumento do nível de properdina, estimulação da proliferação de linfócitos,
inibição da síntese de prostaglandinas e leucotrienos.
Também demonstrou uma
atividade inibitória da hialuronidasa tissular e bacteriana, impedindo a
difusão dos microrganismos, o que lhe confere atividade antibacteriana,
antifúngica e antiviral.
Efeito anti-inflamatório.
Ensaios in vitro demonstraram que as isobutilamidas e os polissacarídeos
exercem um efeito anti-inflamatório devido à inibição da ciclooxigenasa e da 5-lipoxigenasa.
Ação cicatrizante:
favorece a formação de tecido de granulação responsável pela cicatrização das
feridas. Estimula a proliferação dos fibroblastos responsáveis pela reparação dos
tecidos e formação das cicatrizes.
Também foi demonstrada a
atividade antiviral, antibacteriana, antifúngica, cicatrização de feridas e
atividade anti-inflamatória.
Vasodilatador periférico
(amidas).
Anti-radicalização
(ácidos fenólicos).
Sialagogo e diaforético.
Indicações
Na profilaxia e no
tratamento de infeções de qualquer etiologia, incluindo as de origem viral:
infeções do trato respiratório superior (constipações, infeções por gripe),
infeções do trato urinário inferior, gastrointestinal, otite, amigdalite,
faringite, furúnculos, infeções cantonadas, etc.
Hiperplasia benigna da
próstata, prostatite aguda e crónica, vesiculite. Nestes casos é geralmente
associado à ameixa africana (Pygeum).
No uso externo: em
feridas de difícil cicatrização, úlceras, acne, dermatite e psoríase.
Para diminuir os efeitos
secundários da terapia antineoplásica (irradiação, quimioterapia).
Afrodisíaco. O extrato de equinácea é usado
como afrodisíaco, tanto interna como externamente, especialmente no homem.
Aplicado em forma de pomada, sobre a glande, favorece a ereção por estimulação
nervosa reflexa e vasodilatação local.
Precauções
Devido à presença de
alcaloides pirolizidinas, que podem produzir hepatotoxicidade, recomendam-se
tratamentos descontínuos (um ou dois meses seguidos do mesmo período de
repouso), e não exceder as doses recomendadas.
Tal como acontece com
outros imunoestimulantes, a sua utilização em doenças autoimunes ou em doenças
sistémicas progressivas (tuberculose, leucose, colagenose, esclerose múltipla,
SIDA, etc.) não é recomendada. (Fitoterapia. Vademecum de prescrição. Editorial
Masson 4ª edição). Foram descritos casos de agravamento de certas doenças
autoimunes (lúpus sistémico, colite ulcerosa, doença renal autoimune não
identificada), quando se utiliza a Equinácea, especialmente em doentes com
exacerbações agudas da sua patologia ou num estado de controlo precário da
doença com imunossupressores. (Paul Bergner. Medical Herbalism).
A equinácea pode
potenciar os efeitos dos antidiabéticos orais e da insulina, pelo que em
doentes diabéticos pode causar hipoglicemia.
A equinácea pode inibir,
parcialmente, o efeito imunossupressivo da ciclosporina e dos corticoides.
Pode potenciar o dano
hepático causado pela amiodarona, o metotrexato, o cetoconazol e os esteroides
anabólicos.
Reações adversas
Não foram descritas nas
doses terapêuticas recomendadas. Em indivíduos especialmente sensíveis a altas
doses ou na administração parenteral, podem ocorrer, embora raramente: problemas
digestivos (náuseas, vómitos, gastralgia, flatulência, dispepsia, glossite),
sensação de design, hipotensão, dor de cabeça, tonturas, erupções cutâneas com
prurido. Muito raramente, pode ocorrer edema cutâneo, anafilaxia ou
hipoglicemia.
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As aplicações químicas,
farmacológicas e clínicas da Equinácea foram objeto de cerca de 350 estudos
científicos. A Equinácea possui um amplo espectro de efeitos no sistema
imunitário, resultado do seu conteúdo em componentes ativos abrangentes, que
afetam diferentes aspetos da função imunitária, incluindo a ativação do
complemento, promovendo assim a quimiotaxia dos neutrófilos, monócitos e
eosinófilos; solubilização dos complexos imunológicos; neutralização do vírus;
e bacteriolise. Os componentes polissacarídeos heteroglicanos de elevado peso molecular,
da Equinácea, têm efeitos imunoestimulantes profundos. A maioria destes efeitos
parece ser mediada pela união dos polissacarídeos ativos da Equinácea, a
recetores de hidratos de carbono na superfície celular dos macrófagos e T-linfócitos.
A Equinácea promove a ativação de células T não específicas: transformação,
produção de interferão e secreção de linfoquinas. O efeito resultante é o
aumento da mitogénese das células T, da fagocitose macrófaga, da união dos
anticorpos, e da atividade celular mortal natural; e as PMNs de circulação
foram aumentadas. Os polissacarídeos da Equinácea também têm demonstrado
aumentar a fagocitose macrófaga e estimular os macrófagos para produzir
quantidades aumentadas do factor-necrose-tumor (TNF), interferão, interleucina
1, e destruir células tumorais nas culturas de tecidos. Inúmeros estudos
clínicos confirmaram o aumento das ações imunitárias da Equinácea. Vários
extratos ou produtos de equinácea têm apresentado resultados em estados
infeciosos em geral, gripe, constipações, infeções do trato respiratório
superior, infeções urogenitais e outros estados infeciosos.
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O objetivo é avaliar se o fornecimento de Equinácea é capaz de beneficiar a resposta à hiper-exigência física, nos atletas de triatlo. É um facto constatado, que o exercício exaustivo diminui a resposta imunitária e aumenta o risco de contrair infeções.
Foi realizado um estudo
(duplo-cego controlado por placebo) com 42 participantes (divididos em três
grupos), que 28 dias antes do triatlo consumiram 43 mg de suplemento de
magnésio, placebo e 8 ml de suco espremido de Equinácea purpurea. Foram
realizadas, ao longo de 28 dias, e 20 horas após o final da prova,s análises ao
sangue com perfil imunológico.
Os resultados indicaram que,
aqueles que consumiram suco de Equinácea mantiveram inalterado o perfil
hematológico básico, com uma diminuição da interleuquina 2R no sangue e na
urina, e um aumento da interleuquina 6 (indicadores de resposta protetora). O
grupo placebo mostrou aumentos na taxa de linfócitos Natural Killers (NK) e na contagem
total de linfócitos T (como sinal de resposta a agentes infeciosos). Ao longo
do triatlo, 3 dos 13 atletas do grupo magneso
e 4 dos 13, do grupo placebo, desenvolveram constipações, mas não com os do
grupo Equinácea.
Com base nestes
resultados preliminares, os autores mantêm a importância da Equinácea em provas
atléticas de alto rendimento, aconselhando a realizar novos estudos que
permitam tirar conclusões ainda mais precisas.
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