Descrição
Arbusto ou árvore de 1 a
6 m. de altura.
Folhas verticiladas,
dispostas em três filas, lineares, afiadas e rígidas, com uma faixa branca
central visível. As flores masculinas e femininas são pouco vistosas, amareladas.
O fruto (glóbulo), que se desenvolve nas plantas femininas, é um cone carnudo, preto-azulado
quando amadurece (o segundo ano). Quando as três brácteas superiores são
soldados, formam uma espécie de estrela tri-irradiada característica.
Distribuição e Ecologia:
Matos e florestas montanhosas claras, de grande parte do hemisfério norte
Parte utilizada
Bagas (frutos maduros) às
vezes, a madeira.
Princípios ativos
Óleo essencial (0,5-3%):
constituído principalmente por monoterpenos ( e -pineno, terpineol, borneol,
geraniol e outros).
Açúcar invertido (30%).
Taninos caquécticos (3-5%)
Leucoantocianidinas.
Flavonoides.
De acordo com a RFE, a
baga não deve conter menos de 10 ml/kg de óleo essencial.
Ação farmacológica
Diurético salurético
muito ativo (aumenta a excreção urinária até 10% (óleo essencial, flavonoides)
Ocitócico, no último
trimestre da gravidez (óleo essencial).
Antisséptico das vias
urinárias e respiratórias (óleo essencial).
Anti-inflamatórios
(flavonoides)
Hipoglicémico.
Expectorante (óleo
essencial)
Carminativo (óleo
essencial)
Rubefaciente-antisséptico.
Indicações
Usos tradicionais:
Diurético.
Antisséptico urinário.
Abortivo.
Uso interno:
Diurético.
Antisséptico urinário.
Estimulante da digestão:
dispepsias, orexigénio.
Uso externo:
Analgésico local, dores
musculares ou articulares.
Em dermatologia como
rubefaciente-antisséptico.
Contraindicações
Lactação.
Gravidez, pelas suas
propriedades ocitócicas.
Insuficiência renal,
albuminúria, hematuria (óleo essencial).
Precauções
Pode influenciar os
níveis de glicose nos diabéticos, o que deve ser tido em conta ao ajustar a
dose de insulina (Sánchez de Medina, F. et al.
1994).
Em doses elevadas e em
uso prolongado, o óleo essencial produz inflamação do parenquima renal e
intestinal, podendo causar hematuria, albuminúria e hemorragia intestinal,
especialmente se o óleo utilizado não for de boa qualidade (melhor que contenha
uma pequena quantidade de pineno) (Agrawal, O.P. et al. 1980;
Prakash, A. 1986).
Efeitos secundários e
toxicidade
Não há indícios de
teratogenicidade em ratos (Agrawald, OP. et al. 1980).
A administração crónica,
em doses terapêuticas, não provocou alterações patológicas nos ratos (Janku, I.
et al. 1960).
Externamente, o óleo
essencial pode ser vesicante.
Dosagem
Infusão: 2-3 gramas por
chávena, 3-4 chávenas/dia.
Tintura: 90-180 gotas por
dia.
Essência: III-IV gotas,
1-3 vezes/dia.
Pó: 0,5-2 gramas, 3 vezes/dia.
Estudos clínicos sobre a sua ação analgésica e anti-inflamatória:
É capaz, quando se administra por via oral, de diminuir o edema induzido por carragenina em ratos, num estudo comparativo com Indometacina (Mascolo, N. y cols 1987).
Na dose de 1,2 g/Kg de um extracto aquoso liofilizado em administração IV provocava um efeito analgésico nos ratos, com uma resposta de 178%, medido com estímulo térmico (Lasheras, B. y cols 1986).
Estudos clínicos sobre os seus efeitos diuréticos:
A administração oral, em ratos, de uma infusão aquosa equivalente a 125 mg de Zimbro, provocava um aumento na quantidade de urina eliminada e na excreção de cloretos quando comparada com animais aos quais somente lhes havia administrado água (Wollmer, H. y Hübner, K. 1937). O mesmo ocorria quando se administrava a coelhos e ratos (Wollmer, H y Weidlich, R. 1937).
Estudos sobre os efeitos hipoglicemiantes:
A administração oral de uma decocção de Zimbro mostrou atividade hipoglicémica, tanto em ratos normais como em ratos com diabetes induzida com Estreptozotocina. Os efeitos forma atribuídos a um aumento na absorção periférica de glicose, independente dos níveis de insulina no plasma (Sánchez de Medina, F. y cols 1994).
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