Descrição
Arbusto perene aromático,
de até 2 m de altura, com folhas simples, pecioladas, verde-amareladas,
lanceoladas, até 2,5 cm, com nervação pinnada e proeminente na parte inferior.
As flores são pequenas, axilares, amarelas, que aparecem no final do verão.
Fruto capsular, pequeno e globular, com numerosas sementes.
É uma planta aromática,
que cresce selvagem, nas regiões subtropicais de África e da América.
Parte utilizada
As folhas.
Princípios ativos
Óleo essencial: (0,5-1%)
com pinenos, cimeno, timol e outros compostos sesquiterpenicos.
Princípios amargos
beta-sitosterol
Glicosídeos
cianogenetico.
Resinas.
Alcaloides.
p.arbutina (0,7-1 %)
Flavonoides.
Ação farmacológica
Antitussígena.
Diurético.
Afrodisíaco.
Antibacteriano contra gérmenes
Gram +.
Anti-inflamatório.
Anti-ulceroso.
Tónico estimulante e antidepressivo.
Diurético.
Indicações
Uso interno:
Depressão.
Estimulante sexual,
impotência.
Astenia, cansaço,
surmenage.
Dispepsias e úlceras
gástricas.
Reumatismo.
Diurético, antisséptico
urinário.
Contraindicações
Em alguns ensaios com
animais, demonstrou ter ação uterotónica (Farnswoth, N 1975).
Efeitos secundários e
toxicidade
Em doses elevadas pode
ser purgante e causar taquicardia e insónias.
Dosagem
Infusão: 4-8 gramas por
chávena, 2 vezes por dia.
Extrato fluido: dose de
30-100g, 3-4 doses por dia.
Extrato seco (5:1):
300-700 mg por dia.
Tintura (1:5): 100 -200
gotas por dose, 2-3 vezes por dia
Estudos clínicos sobre a sua ação analgésica e anti-inflamatória:
Foi estudado o efeito
anti-inflamatório nos ratos, utilizando os extratos hidroalcoólico, aquoso,
etanolico e com acetato de etilo das partes aéreas da planta. Os extratos
hidroalcoólico, aquoso e etanolico inibiam o edema produzido pelo carragenano:
O extrato etanólico inibia o granuloma e o aumento da permeabilidade vascular
induzida pela histamina, 5-HT e PGE2, mas não o produzido por bradicinina. Não
apresentaram atividade analgésica e não reduziram o edema, no ouvido do rato, provocado
pelo óleo de crotão (António MA e Souza Brito AR. 1998).
Estudos clínicos sobre o seu efeito antiulcerogénico:
Ao contrário dos AINEs, a
administração do extrato hidroalcoólico e etanolico não potencia as lesões da
mucosa gástrica, induzidas pela aspirina, inibindo o aparecimento de lesões
gástricas induzidas pela indometacina, etanol e ligamento de piloro, mas não as
induzidas pelo stress. A fração de etanol aumentou o muco da parede nas lesões
gástricas induzidas pelo stress devido à hipotermia. O efeito anti-ulcerogenico
pode estar relacionado com o aumento dos fatores defensivos da mucosa, pela inibição
sobre a histamina e COX-2, mas não sobre COX-1, e um aumento do muco. (Antonio MA y Souza Brito AR. 1998)
Estudo sobre a sua ação antibacteriana:
Num estudo de campo, realizado no México, colheram-se 44 plantas utilizadas habitualmente para tratar problemas gastrointestinais, de origem infeciosa. Delas prepararam-se extratos hexánico, clorofórmico e metabólico, observando-se que tinham atividade antibacteriana, face aos gérmenes Gram + (Hernandez T y cols 2003).
Estudo sobre a sua ação afrodisíaca:
Num estudo com ratos, observou-se que a administração de um extrato fluido de Damiana, ainda que sem incidência sobre o comportamento copulativo dos ratos que conservavam a sua potência sexual, o que faziam sobre ratos impotentes, aumentando a percentagem de ratos que conseguiam ejacular, reduzindo o período de latência das montas, intromissões, ejaculações, intervalo pós-ejaculação e intervalo pós-copula. Não se afetava a actividade locomotora dos animais (Arletti R y cols 1999)
Estudo sobre a sua ação hipoglicemiante:
Os estudos realizados pelos mesmos autores, sobre ratos e coelhos, mostran resultados diferentes:
Utilizando um extrato hidroalcoolico sobre coelhos, observava-se uma descida do pico de glicemia e uma diminuição da área abaixo da curva de tolerância à glicose (Alarcon-Aguilara FJ y cols 1998).
Enquanto que o trabalho realizado sobre ratos, não mostra atividade hipoglicemiante (Alarcon-Aguilara FJ y cols 2002).
Alarcon-Aguilar FJ, Roman-Ramos R, Flores-Saenz JL y Aguirre-Garcia F. Investigation on the hypoglycaemic effects of extracts of four Mexican medicinal plants in normal and alloxan-diabetic mice. Phytother Res. 2002 Jun;16(4):383-6
Alarcon-Aguilara FJ, Roman-Ramos R, Perez-Gutierrez S, Aguilar-Contreras A, Contreras-Weber CC y Flores-Saenz JL. Study of the anti-hyperglycemic effect of plants used as antidiabetics. : J Ethnopharmacol. 1998;61(2):101-10.
Antonio MA y Souza Brito AR. Oral anti-inflammatory and anti-ulcerogenic activities of a hydroalcoholic extract and partitioned fractions of Turnera ulmifolia (Turneraceae). : J Ethnopharmacol. 1998;61(3):215-28.
Arletti R, Benelli A, Cavazzuti E, Scarpetta G y Bertolini A. Stimulating property of Turnera diffusa and Pfaffia paniculata extracts on the sexual-behavior of male rats. Psychopharmacology (Berl). 1999;143(1):15-9.
Farnsworth, N. Potencial value of plants as sources of new antifertility agents. I J of Pharmacol Sci. 1975; 64: 535-98.
Hernandez T, Canales M, Avila JG, Duran A, Caballero J, Romo de Vivar A y Lira R. Ethnobotany and antibacterial activity of some plants used in traditional medicine of Zapotitlan de las Salinas, Puebla (Mexico). J Ethnopharmacol. 2003;88(2-3):181-8..