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AGRIMÓNIA

Agrimonia eupatoria L

Descrição

Planta herbácea, perene e calcícola, 30-60cm, vertical. Caule simples ou um pouco ramificado, avermelhado e felpudo-eriçado. Folhas grandes pinatissectas, com 5-9 segmentos oval-lanceolados, profundamente dentados, com o avesso peludo esbranquiçado, intercalados com segmentos menores; estipulas violetas. Flores reunidas em picos longos (cachos terminais alongados), são de cor amarelo-ouro, têm 5 a 8mm de tamanho, e têm o ovário com nervuras e dotado de pequenos uncinulas salientes . O fruto é um aquénio fechado num recipiente, de cerca de 6mm, obcónico, profundamente estriado, peludo, com espinhos patentes e uncinados na sua parte superior. Floração a partir de maio.

 

Habitat e colheita: Comum em sítios não cultivados, sebes, bancos, limites de florestas, etc., de quase todo o país. Colheita durante a floração.

 

 

Parte utilizada

Folha e sumidade florida, colhidas em plena floração.

 

Princípios ativos

Taninos catéquicos e elágicos (4-10%).

Flavonoides (0,90%): hiperósido, rutósido, quercitrósido, isoquercitrósido, apigenol, luteolol.

Triterpenos: heterósidos de ácido oleanólico, da amírina e do ácido ursólico.

Outros componentes: vestígios de óleo essencial, esteróis, princípios amargos, ácido salicílico, ácido nicotínico, vitamina C, tiamina, sílica orgânica e inorgânica, vitamina K, vestígios de alcaloides.

Ação farmacológica

Adstringente, antidiarreica (taninos).

Colerético e descongestionante hepático (taninos).

Antirreumático (ácido salicílico).

Anti-inflamatório (taninos, flavonoides e ácido salicílico).

Hipoglicémico leve, agindo ao nível do pâncreas, tanto endócrina como exocrinamente (taninos).

Antipruginoso e anestésico local, em aplicação tópica (taninos).

Diurético (flavonoides, óleo essencial).

Vasoprotector capilartropo (flavonoides).

Hipotensivo (flavonoides)

Anti-histamínico e antiserotoninico (flavonoides), resultando em coronário dilatadore em doses baixas e vasoconstritores coronários em doses elevadas.

Ação antiviral ( extratos etanolicos).

Os taninos da agromónia, devido à sua estrutura tridimensional completa, interferem com as proteínas da membrana, ativando ou desativando sinais regulamentares da biossíntese citoplasmática, o que explicaria, em grande parte, a variedade de ações farmacológicas deste fármaco.

 

Indicações

Uso interno:

 

Colecistite, colelitiase.

Gastroenterite

Reumatismo

Insuficiência venosa: varizes, hemorróidas, flebite e tromboflebite.

Coadjuvante em diabetes.

Hipertensão arterial.

Cistite, uretrite, incontinência urinária.

Hiperuricemias.

Uso tópico:

 

Amigdalite e rinofaringite (colutório).

Chagas e feridas (compressas embebidas na infusão).

Urticária.

Contra-indicações

Hipersensibilidade a qualquer um dos seus componentes.

Gastrite e úlcera gastroduodenal: os taninos podem irritar a mucosa gástrica.

A gravidez. A agrimónia não deve ser utilizada durante a gravidez devido à ausência de dados que sustentem a sua segurança. Foram realizados estudos em várias espécies animais, utilizando doses muito superiores às humanas, sem efeitos embritóxicos ou teratogénicos registados; no entanto, não foram realizados ensaios clínicos em humanos, pelo que a utilização da agrimónia só é aceitável na ausência de alternativas terapêuticas mais seguras.

Lactação. A agrimónia não deve ser utilizada durante a amamentação devido à ausência de dados que sustentem a sua segurança. Desconhece-se se os componentes da agrimónia são excretados em quantidades significativas com o leite materno e se isso pode afetar a criança. Recomenda-se parar de amamentar ou evitar a administração da agromónia.

Interações

Devido ao seu teor de taninos, a sua coadministração com sais de ferro, pectina e alcaloides é incompatível.

Estudos

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Bibliografia 

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